A Associação Cultural Mestre
Martinho é uma associação educacional sem fins lucrativos, de preservação da memória histórica e cultural das
tradições musicais regionais, divulgação da música, folclore, cultura e artes
em geral, bem como o fomento e a realização de atividades de cunho
artístico-culturais, mediante ensino, pesquisa, oficinas, produção de espetáculos,
geração e disseminação da produção de bens, atividades e serviços artístico-culturais
e sociais, incentivando o desenvolvimento integrado e responsável da região,
bem como o aprendizado musical e cultural local e regional em seus múltiplos aspectos
e vocações. Sua sede provisória fica situada na rua Romário Martins nº 93, vila Santo Antonio, na cidade de Morretes, estado do Paraná.
O nome da associação surgiu como uma forma de homenagear esse grande mestre fandangueiro de Morretes.
Nascido no Rio Sagrado, região de Morretes, filho de Manoel dos Santos,
também construtor de rabecas. Aprendeu a fazer instrumentos observando o
pai trabalhar. Sua primeira rabeca surgiu de uma forma copiada de um violino que lhe
encomendaram para conserto. Daí aprimorou a habilidade, ficando
conhecido como exímio construtor de rabecas e violas. Utilizava-se de
ferramentas simples, adaptando objetos caseiros e, também, inventando
outros que lhe facilitam o ofício. Para calcular as medidas necessárias à
confecção exata dos instrumentos, utilizava simplesmente os olhos, o que
lhe propiciava construir, a cada vez, um instrumento diferente do
anterior. Suas rabecas são bastante apreciadas por diversos
instrumentistas já consagrados e também por turistas estrangeiros.
Paralelamente ao trabalho com as rabecas, Martinho trabalhava em uma roça
próxima à sua casa, cuidando e cortando madeira. O dono da roça lhe
permitia utilizar a madeira de que necessita para o trabalho com os
instrumentos. Essa madeira, portanto, lhe chegava sem qualquer
beneficiamento. Não havendo em sua oficina, que se situava em uma parte de
sua própria casa, nenhum tipo de máquina para beneficiar madeira, ele
realizava o trabalho com instrumentos manuais , como o serrote, plaina,
lixa, ou com outros que ele mesmo adaptava e inventava.
Apesar de sua habilidade, não era do trabalho com os instrumentos que Martinho tirava seu sustento, pois o preço que cobrava não o permitia. Na verdade, a "rebeca", como ele a chama, a viola e os outros instrumentos eram para ele possibilidades de contatar pessoas diferentes, ligadas ao universo da arte. Martinho se orgulhava de já ter construído de 1500 a 2000 instrumentos.
Além de compor casualmente, tocava viola e canta músicas do fandango em dupla com um amigo. Os dois eram muitas vezes convidados para apresentações em festas folclóricas em diversas cidades próximas a Morretes.
Apesar de sua habilidade, não era do trabalho com os instrumentos que Martinho tirava seu sustento, pois o preço que cobrava não o permitia. Na verdade, a "rebeca", como ele a chama, a viola e os outros instrumentos eram para ele possibilidades de contatar pessoas diferentes, ligadas ao universo da arte. Martinho se orgulhava de já ter construído de 1500 a 2000 instrumentos.
Além de compor casualmente, tocava viola e canta músicas do fandango em dupla com um amigo. Os dois eram muitas vezes convidados para apresentações em festas folclóricas em diversas cidades próximas a Morretes.
Faleceu no dia 14 de novembro de 2011 deixando em todos muitas saudades.
Parabéns pela iniciativa.Como admirador do Fandango Paranaense fico muito feliz com a criação desta associação numa das cidades berço desta cultura legitimamente paranaense.
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